quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Minúsculo
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quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
Uma Utopia possível
Passam hoje 60 anos sobre a morte de uma das mais fascinantes e ímpares personagens da história da Humanidade. A última urna conhecida contendo as cinzas de Gandhi foi hoje lançada ao mar, simbolicamente, em frente a Bombaim.Fazem falta, cada vez mais, homens como ele. Mas estou a pedir muito: se aparecesse só um, e só levemente parecido com o Mahatma, já estaríamos com muita sorte.
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Labels: homenagem
Descubra as diferenças
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Labels: curiosidades
Ah, Tigre!!
Hoje de manhã, divertiu-me uma notícia insólita na televisão, a desviar atenções da novidade pardacenta da remodelação ministerial.
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Labels: curiosidades, televisão
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
Gostei
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Espera
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Labels: Short stories, sinais dos tempos
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
domingo, 27 de janeiro de 2008
Sul
(O Extremo Sul - José Miguel Wisnik)
lá na fronteira onde beira o firmamento
o céu azul
que te escondeu atrás do véu do pensamento
onde eu e tu
sabemos bem que vai e vem o esquecimento
que leva tudo
e nos mantém vivos, suspendidos no tempo
Protege bem
o lume aceso do desejo assim tão vário
guarda e contem
o mundo inteiro num luzeiro solitário
que tu completas
com teu jeito e teu exemplo originário
de quem contempla
o firmamento como um tempo planetário
Até amanhã
se Deus quiser
eu deixo tudo o que eu tenho
e vou aí te ver
te amo tanto
te chamo tanto
e será sempre mais ao Sul
ou mais azul
felicidade
o sonho de viver
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sábado, 26 de janeiro de 2008
Sabes o que é um estereograma?
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Labels: curiosidades
Have you... really?
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Labels: música, provocações
Obrigada
O Porta do Vento foi distinguido com um simpático selo de qualidade, atribuído pela T do Dias que Voam. Agradeço a honra e espero continuar a merecê-la, embora com muito pouco tempo disponível nos últimos dias. De tal maneira que nem tinha dado por esta distinção.
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quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
Biclicletas XII
Passam hoje pela Porta do Vento as últimas bicicletas de uma série que se estendeu por 12 posts. E esta série encerra precisamente como começou - com uma das minhas vozes e uma das minhas canções preferidas: Katie Melua, em Nine Million Bicycles. Que voltem todas para Pequim, de onde partiram em Agosto de 2007 para entrar, pela primeira vez, por esta porta. Todos os giros têm um final, e este chegou à linha da meta. Sem vencedores nem vencidos, mas com boas músicas e imagens curiosas. Outros temas virão.
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Labels: bicicletas
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
Pelo sonho
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Não havia necessidade
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Labels: blogs, humor, pérolas na blogosfera
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
Diz-me quem te reforma, dir-te-ei quem és
"Paulo Teixeira Pinto, ex-CEO do Millennium BCP, afirma não ter recebido uma «indemnização de 10 milhões de euros» pela renúncia ao referido cargo, nem sequer pela rescisão do contrato de trabalho enquanto quadro do banco, apenas lhe tendo sido paga «a remuneração total referente ao exercício de 2007». Mais informa que passou à situação de reforma «em função de relatório de junta médica»."
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Labels: absurdos, reflexões, solidariedade
domingo, 20 de janeiro de 2008
Ironias
Peter G. Smith, egiptólogo
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Labels: reflexões
Nada na manga, respeitável público
(...) Rádios e televisões oficiais estão a transmitir um apelo das autoridades eleitorais para que o povo cubano se dirija "massivamente" às urnas, "com entusiasmo e espírito revolucionário e com a certeza" de que se trata de um processo "transparente e democrático". Estas eleições serão uma nova demonstração da decisão e vontade do povo cubano de defender o presente e o futuro da pátria", acrescenta o apelo.Ah, mas é claro que
sim!... quem é o espírito de má fé que duvida disto??? A democracia em Cuba é uma evidência. Honi soi...
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Labels: absurdos, humor negro, política
Kids are a girl's best friends
That's why some of us have to get great boobies and nice legs... no matter how!
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Labels: domingo, ilusões, imperdíveis, televisão
sábado, 19 de janeiro de 2008
Regras para um bom português
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Labels: humor
De Madrid
Madrid continua a mesma cidade imparável de sempre.
Mas, pasme-se: foi esse mesmo grupo, apesar de tudo isto, o principal impulsionador da ideia de partir dali para "la noche". Fantásticos hermanos nuestros, que têm um fôlego de se lhes tirar o chapéu! Uma amostra da música que me acompanhou na viagem de volta: o velho álbum Fisica y Quimica, de Joaquin Sabina.
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Labels: curiosidades, viagens
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
A meças...
Um norte-americano e um português trocam galhardetes.
Diz o americano:
"We have George Bush, Stevie Wonder, Bob Hope, Johnny Cash..."
Responde o português:
"We have José Sócrates, No Wonder, No Hope, and No Cash."
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Labels: curtas, humor negro
He's back, ladies!
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Labels: avisos à navegação, curiosidades, televisão
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
Só para dizer
Na minha geração o verbo amar não se conjuga em voz alta, porque as pessoas da minha geração não sabem dizer o amor. Sabem senti-lo, sabem fazê-lo e sabem sentir-lhe a falta. Sabem dá-lo e recebê-lo sem reservas, sabem viver com ele e até morrer por ele. Mas não sabem dizê-lo.Não falo, evidentemente, dos poetas, prosadores e letristas. Esses tratam as palavras por tu, afagam-nas e brincam com elas como se fossem brinquedos. Refiro-me aos cidadãos comuns, reféns de um estranho atavismo geracional que aboliu, sem apelo nem agravo, a confissão expressa do mais belo sentimento que existe.
Quando começámos a ter idade para os primeiros namoros, o léxico de que dispúnhamos era limitadíssimo: era francamente "piroso" ir além do tímido gosto de ti. Gosto muito de ti ainda era admissível, mas ficava reservado para os momentos mais empolgados. E tudo tinha que ficar dito assim, de uma forma acanhada e pobre, entregue à imaginação e interpretação de quem recebia a mensagem. Depois, saltava-se do gosto de ti para a enorme desproporção do adoro-te. Pelo meio, irremediavelmente proscrito, ficava o tal amo-te que era absolutamente impensável, caso mesmo para a total desclassificação social.
E assim crescemos e amámos, impedidos de exprimir com inteira liberdade o que sentíamos, privados de um verbo essencial. Aprendemos a socorrer-nos de truques - a tradução para outras línguas - je t'aime ou I love you eram não só expressões permitidas como muito apreciadas. As canções românticas falavam por nós, livres do preconceito linguístico. Eram a nossa vingança. Também os cantores brasileiros eram, muitas vezes, os nossos preciosos Cyranos, acrescentando o mel da pronúncia ao proibidíssimo eu te amo.
Hoje em dia tudo isso mudou radicalmente, a ponto de termos caído no extremo oposto. Antes assim, apesar de tudo. Mas, quando vejo os concorrentes de um qualquer reality show, de lágrima ao canto do olho, esbanjarem pungentes "amo-te muito" com total displicência, atirando-os através do ecrã aos avós, pais, namoradas e animais de estimação (praticamente em igualdade de circunstâncias), lembro-me da falta que me fizeram esses mimos quando queria pronunciá-los e não podia. Porque não me ficava bem dizê-los. Porque arranhavam o ouvido e se enrolavam na língua, não tanto por culpa de uma fonética arrevesada como de um preconceito idiota.
(Clã - Problema de expressão)
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domingo, 13 de janeiro de 2008
A eterna inocência
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Uma lágrima, um voto
Acabei de ouvir Marcelo Rebelo de Sousa dizer que Hillary Clinton ganhou em New Hampshire porque chorou em público. Ao que parece, comoveu-se e soltou umas oportuníssimas lágrimas, quando uma velhinha lhe perguntou como reagia ao excesso de pressão desta campanha. Concluíu Marcelo que a senhora mostrou, desta forma, uma faceta mais humana que lhe rendeu votos preciosos. Talvez tenha razão, não sei. De qualquer maneira, ver alguém chorar por votos, a mim, parece-me hillaryante.
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sábado, 12 de janeiro de 2008
Porque no te callas?
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quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
Música
(O mio babbino caro - Madama Butterfly / G. Puccini)
O mio babbino caro, mi piace è bello, bello;
vo'andare in Porta Rossa a comperar l'anello!
Sì, sì, ci voglio andare! E se l'amassi indarno,
andrei sul Ponte Vecchio, ma per buttarmi in Arno!
Adenda: E pronto, cá está ela: a maravilhosa Dame Kiri Te Kanawa, em honra de um novo comentador deste blog. E, assim, já são duas as senhoras que ameaçam atirar-se ao Arno do alto da Ponte Vecchio, se o seu amor não for correspondido. Em Florença, até um suicídio tem outro estilo.
Adenda 2: E vão três. A bela Anna Netrebko junta-se à festa, e de repente descobrimos que Puccini também pode ser muito sensual. Eu não digo que trato muito bem os meus comentadores? Melhor é impossível!
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terça-feira, 8 de janeiro de 2008
Under my skin
(M.C. Escher)
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segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
Miss Saudade
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Labels: curiosidades
domingo, 6 de janeiro de 2008
Nada de novo a oeste
Li hoje a longa crónica do Alberto Gonçalves, no DN, um óptimo resumo dos últimos acontecimentos que têm agitado o burgo. E fiquei mais ou menos esclarecida. Afinal, não há nada de dramaticamente diferente por cá (dramático é quase tudo o que toca à nossa economia, mas não é novidade). Tudo previsível: um primeiro ministro que continua a rir-se na nossa cara, à descarada; o costumeiro inchaço de certos egos nacionais; a pirotecnia inconsequente dos políticos, a disfarçar misérias; algumas intrigas e escândalos sociais em versão miniatural, a apimentar conversas de cabeleireiro.
Enfim, nada de novo a oeste. O meu país do costume, a ver a banda passar.
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sábado, 5 de janeiro de 2008
O dia em que o rei fez anos
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Labels: celebrações
De Istambul, com amor
Entre mim e Istambul há uma paixão antiga. Começou há muitos anos, com um pianissimo e inocente flirt que prometia grandes voos, mas afinal se deixou adormecer devagarinho e acabou por ser cilindrado pela voragem da vida. Mas o limbo do tempo manteve a paixão viva, porque voltou agora, em cheio, sem sequer se fazer anunciar.
Talvez por isso me sinta tão bem lá. Costumo ter facilidade em fundir-me com os sítios onde vou, e em poucos dias tenho alma de nativa. Mas em Istambul isso foi-me especialmente fácil e natural. A cidade oferece as suas muitas faces a quem a quiser descobrir, mas há que respeitá-la e entendê-la para fruí-la inteiramente.Além disso, uma viagem a Istambul é para nós, portugueses, uma alucinante e surpreendente descoberta de muitas das nossas origens e tradições: de repente, entramos na belíssima Mesquita Azul
(nesta viagem, eu acordava e adormecia com a mágica imagem da mesquita em grande plano, emoldurada pela janela do meu quarto... como não sonhar com garbosos Aladinos, sobrevoando os minaretes nos seus tapetes ondulantes?) e descobrimos, fascinados, o catálogo completo de padrões das nossas chitas de Alcobaça estampado em azulejos e frescos, decorando paredes,
arcos e abobadilhas; dobramos uma esquina e o inconfundível cheirinho de castanhas assadas invade-nos as narinas, vindo de um carrinho igual aos nossos (pré-ASAE, claro), com um vendedor que as arruma uma a uma, criteriosamente; no deslumbrante Harém do palácio Topkapi encontramos ruas inteiras de pequenos seixos rolados, pretos e brancos, em desenhos caprichosos que nos revelam, sem enganos, a genealogia da calçada portuguesa; um eléctrico (rigorosamente igual aos nossos à excepção da cor, que é encarnada) desce uma rampa íngreme e traz-nos de volta a casa, a Lisboa, num lance de magia; sobre a ponte Gálata comemos uma espécie de sardinha assada sobre o pão, como se estivéssemos na Madragoa ou em Alfama. E há muitos mais paralelismos: a luz de Istambul é a mesma luz gloriosa de Lisboa, de um branco azulado que não há em mais sítio nenhum, que eu saiba; o Bósforo tem quase a largura do Tejo, com uma Cacilhas asiática em frente, na outra banda, e uma ponte de ferro que apenas difere da nossa no tamanho;
a cozinha, mediterrânica como a portuguesa, tem sabores que reconhecemos facilmente e outros que deixámos que se perdessem, com a globalização que já nos engoliu; a simpatia feita de manha, o improviso, a marosca, o fatalismo e outros atributos que nos caracterizam, também a nós, fazem dos turcos uma espécie de portugueses exóticos, mais sensuais e ainda mais aldrabões. Em todas as lojas nos oferecem um delicioso chá fervente de maçã, um ritual sagrado e irrecusável que acompanha o despique da negociação obrigatória de cada compra até à redução do preço a um terço do inicial. O Grande Bazar, com as suas quase 5.000 lojas, é um abismo de tentações. E o Bazar Egípcio (também chamado Bazar das Especiarias) um festim para os sentidos, sobretudo para os gastrónomos como eu.
Istambul é um verdadeiro caleidoscópio: ora nos sai Bizâncio, no seu esplendor de mosaicos de ouro e cores deslumbrantes (o exemplo mais impressionante é a igreja de São Salvador de Chora, um comovente bastião da fé cristã em terras islâmicas, com paredes e tectos cobertos de cenas da Bíblia, de uma beleza rara e em óptimo estado de conservação); ora nos sai Constantinopla, imponente como o império que a baptizou e que por lá deixou vestígios inigualáveis (como a maravilhosa Cisterna da Basílica ou Hagia Sophia, a irmã cristã da Mesquita Azul e uma majestosa manta de retalhos de cultos religiosos);
ora nos sai um poderoso marco otomano, com incontáveis mesquitas cujos altifalantes nos minaretes, que propagam arrepiantes litanias de apelo à oração, 5 vezes por dia, e que transformam a cidade (sobretudo ao entardecer, quando começam a iluminar-se) num cenário das mil e uma noites; ora nos sai, finalmente, uma metrópole moderna e fervilhante do lado de lá das pontes, piscando o olho ao ocidente e aspirando por um lugar ao sol da Europa.
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Labels: amor, recordações, viagens
























