domingo, 6 de janeiro de 2008

Nada de novo a oeste




É bom afastarmo-nos algum tempo dos can-cans caseiros, para mudar de cenário e arejar as ideias. Mas, quando chegamos de viagem, temos a sensação de ter estado noutro planeta e de já nada saber do que se passa por cá.
Li hoje a longa crónica do Alberto Gonçalves, no DN, um óptimo resumo dos últimos acontecimentos que têm agitado o burgo. E fiquei mais ou menos esclarecida. Afinal, não há nada de dramaticamente diferente por cá (dramático é quase tudo o que toca à nossa economia, mas não é novidade). Tudo previsível: um primeiro ministro que continua a rir-se na nossa cara, à descarada; o costumeiro inchaço de certos egos nacionais; a pirotecnia inconsequente dos políticos, a disfarçar misérias; algumas intrigas e escândalos sociais em versão miniatural, a apimentar conversas de cabeleireiro.
Enfim, nada de novo a oeste. O meu país do costume, a ver a banda passar.

6 comments:

Anónimo disse...

É verdadeiramente uma desgraça. Até já consideram a obesidade uma doença... até já patrocinam a colocação de bandas gástricas... veja-se lá isto! Apesar de que tudo isto é só em relação àqueles que são mesmo, mesmo gordos. Até lhes chamam mórbidos...
Banda gástrica é o que deveria pôr o nosso das Finanças e sem comparticipação, de tão mórbido que já deve estar, qual sanguessuga omnipresente. E ainda hoje o ouvi comentar e elogiar o ânimo da nossa economia... É sim verdade, tudo na mesma como a lesma...

ana v. disse...

Este governo é que é a nossa banda gástrica, Pantagruel: aperta-nos tanto que qualquer dia não entra nada mesmo, e morremos de fome...

João Paulo Cardoso disse...

Eu cá acho a penca do José Sócrates assim como que para o obeso.

É quase como se ele não soubesse mentir.
O nariz de pau do Pinóquio crescia para a frente, fino e elegante.

O nariz deste cara de pau que nos governa cresce para os lados, tão cheio, mas tão cheio de si, que balofo se tornou.

Pergunto eu, enquanto a banda passa:
Se há bandas filarmónicas, porque não pode haver bandas rinoplásticas?

Beijos.

ana v. disse...

Boa ideia, JP: Uma banda no nariz do Sócrates, e já agora outra no cérebro. Só para não ter mais ideias...
Bjs

-JÚLIA MOURA LOPES- disse...

vcs estão a escolher mal o sítio da banda. Se for no coração,ele não baterá mais ;-)

sou drástica :-)

ana v. disse...

Drástica mesmo, Júlia!! :)