domingo, 30 de setembro de 2007
Praça do Geraldo
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Para acabar de vez com a cultura
Primeiro, porque a Europa é, irremediavelmente, multicultural. E ainda bem, digo eu. Essa diversidade é, em grande parte, a sua maior riqueza. E segundo, porque tentar amalgamar à força essas diferentes culturas "por oposição a", ou seja, usando como barricada um ódio comum, é perigoso e dúbio. Nunca este tipo de "frente" feita à pressa deu bons resultados, na história da Humanidade.
Nota: Roubei o título deste post a Woody Allen, assumidamente.
Posted by ana v. at 13:50 6 comments
Vozes Grandes
Hoje - dia mundial da música.
Uma voz quase, quase insubstituível.
(Otis Redding)
E outra voz, que prova que não há insubstituíveis.
(Terence Trent d'Arby)
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Labels: música
sábado, 29 de setembro de 2007
Time In, Time Out
E por contraste absoluto com o cartaz de Beja, aqui fica a fantástica campanha de publicidade da revista Time Out. Assim dá gosto.
Posted by ana v. at 13:08 0 comments
Labels: publicidade
Hot Beja
Posted by ana v. at 11:29 4 comments
Labels: absurdos
Fartar Vilanagem
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quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Um HOMEM
Posted by ana v. at 21:25 8 comments
Justiça cega
Posted by ana v. at 20:22 2 comments
Basta!
Alguém tinha que tomar uma atitude que demonstrasse o disparate dos critérios que as televisões adoptam por causa da guerra de audiências. Quantas vezes já nos fizeram engolir, como notícia de abertura de noticiário, a publicidade mais descarada aos programas de entretenimento dos canais? Quantas vezes já vimos interromper directos interessantes com patetices sem explicação, fazendo perder o fio à meada a quem estava a desenvolver um raciocínio e a nós, que o seguíamos? Mas o poder dos media é tão grande que ninguém se atreve a afrontá-lo, com medo de perder a hipótese de ser de novo convidado (e de novo interrompido, muito provavelmente). Só Pedro Santana Lopes, que, valha a verdade, nunca primou por atitudes politicamente correctas, teve a coragem de dizer "basta!".
Sei que se vai dizer que é mais uma forma de PSL chamar as atenções para si próprio, que é uma birra "à Santana", etc. Como queiram. Desta vez tiro-lhe o chapéu, porque fez o que tinha que ser feito, fosse por quem fosse. Só tenho pena que não tenha sido outra figura, com maior credibilidade e com menos telhados de vidro, a impor algum respeito às televisões. Mas a verdade é que Pedro Santana Lopes - de vez em quando e entre muitos tiros no próprio pé - dá uma lição de coragem aos seus maiores críticos.
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quarta-feira, 26 de setembro de 2007
Paula Rego em Madrid
Posted by ana v. at 12:53 34 comments
Uma questão de nível
Posted by ana v. at 00:56 7 comments
Labels: política
terça-feira, 25 de setembro de 2007
Never say never again
Uma pequena provocação aos meus doutos comentadores... porque o James Bond também é cultura. O Sean Connery, pelo menos, é uma obra de arte!
Posted by ana v. at 20:37 5 comments
A banda
Acordou estremunhada, um caos de sons estridentes a fritar-lhe os neurónios depois de uma noite de absoluta paz e silêncio, como há muito tempo não se lembrava de ter tido. Não percebeu a princípio onde estava, nem porque tinham os seus sonhos de infância sido assim invadidos por clarinetes e tambores em fúria ciclópica, atacando uma música vagamente familiar que nada tinha a ver com os seus tempos de menina. A música… sim, era a “Grândola, vila morena”, e o dia… claro, o 25 de Abril. Aos poucos voltou à realidade, à vida, ao presente doloroso. Estava na aldeia, naquela terra onde não pusera os pés durante tantos anos. Voltava agora, mais de 30 anos passados, e só por uma razão “de peso”. Franziu a cara num esgar de dor, enquanto os quase 120 quilos desafiavam a gravidade e tentavam erguer-se, sem consequências dramáticas, da periclitante cama de solteira. Depois de várias tentativas goradas, lá conseguiu e foi à janela, ainda a tempo de ver dobrar a esquina os últimos músicos festivos e domingueiros da banda filarmónica, num espalhafato que lhe pareceu quase grotesco.
Ela é que não tinha nada para celebrar: voltara à terra para se isolar (os médicos tinham-lhe chamado descansar, recuperar e outras palavras animadoras, mas ela sabia bem que era para se conseguir vencer a si própria, longe das testemunhas habituais). Enquanto se olhava no espelho gasto da casa de banho, reviu mentalmente o último ano da sua vida e as razões que a tinham levado até ali: o colapso inevitável do casamento, a profunda depressão em que caíra, o internamento por tentativa de suicídio, a longa e penosa terapia e, finalmente, aquela luz ao fundo do túnel, ainda ténue, ainda difícil de alcançar, mas a única a que podia agarrar-se. “Vamos avançar, Florinda. Acho que agora já está pronta para o próximo passo, a banda gástrica. Verá como 50 quilos a menos farão milagres pela sua auto-estima! Mas tem que colaborar, ter muita força de vontade e fazer desse objectivo uma obrigação sagrada. A banda vai ajudá-la, claro, mas sem a sua determinação, nada feito… Posso contar consigo?” O Dr. Freitas tinha mais fé em si do que ela própria, ou então disfarçava bem. Parecia muito confiante e sorria sempre como se o mundo fosse uma festa interminável, o que chegava a ser irritante. Respondera que sim, claro. Que podia contar com ela. Que faria tudo para voltar a ser a mulher segura que fora um dia, milénios atrás.
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Labels: Short stories
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
Palavras com dedos
Posted by ana v. at 01:27 18 comments
Labels: cinema
domingo, 23 de setembro de 2007
Silêncio eterno
O seu ídolo era Charlot, de quem bebeu os silêncios que diziam tudo.
Palavras, para quê?
Posted by ana v. at 20:26 5 comments
Labels: homenagem
A Divina Comédia
Posted by ana v. at 11:29 14 comments
sábado, 22 de setembro de 2007
Bem vindo, Outono
Posted by ana v. at 21:09 0 comments
O tamanho conta
Pelo menos na música, o tamanho conta.
Posted by ana v. at 19:44 8 comments
Labels: humor, imperdíveis, música
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
Lobas II
Posted by ana v. at 22:46 9 comments
Brisa do coração
Hoje passa pela Porta do Vento uma brisa especial: a Brisa do Coração, uma magnífica música e um belo poema, na voz única da Dulce Pontes. Deixem-se embalar pelo vento e pelo mar, com a cumplicidade das gaivotas. Fechem os olhos e esqueçam tudo o resto.
(Música: Ennio Morricone / Letra: Francesco de Melis, Emma Scoles / Fotografia: Mário Cordeiro)
Posted by ana v. at 13:16 0 comments
Labels: música
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
Lobas I
(Clarissa Pinkola Estés, in "Mulheres que correm com os Lobos")
Posted by ana v. at 00:39 11 comments
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
The bright side of death
Cá fico à espera da reencarnação, JG. A falta que me vais fazer, até lá!...
Nota: O JG continua a brindar-nos com os fantásticos "O século Prodigioso" (o veterano) e "Light my life" (o neófito), blogs de consulta obrigatória para quem aprecia o bom gosto e as artes plásticas. E há mais: "O rosto da cidade" (fotografias de Lisboa) e "Horas dispersas" (publicidade), igualmente bons mas parcos em actualizações. O que se compreende...Posted by ana v. at 23:04 3 comments
Labels: homenagem
Quero lá saber!
Quero lá saber se conspirou ou não contra o regime, se era de esquerda ou de direita, se vestia fatos azuis ou pretos, se gostava de ovos quentes ou de torradas ao pequeno-almoço! É um nome Grande das LETRAS portuguesas, caramba! Quem é que se atreve a negar esta afirmação? Mal "acomparado", é como dizer que a voz do Frank Sinatra não valia nada só porque ele pertencia à Máfia...
Posted by ana v. at 19:03 13 comments
terça-feira, 18 de setembro de 2007
Middle east of the sun, middle west of the moon, dear
Posted by ana v. at 23:24 2 comments
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
Última ceia
O que tem de tão mágico esta pintura de Leonardo, para fazer correr rios de tinta e inspirar tantas interpretações ? Aceitam-se sugestões para o mistério.
Posted by ana v. at 22:46 20 comments
domingo, 16 de setembro de 2007
Discussões
Demorei algum tempo a perceber a mensagem, vinda das profundezas da minha consciência. Mas cheguei lá, aos poucos, entendendo o que tinha de perigoso a minha atitude. E de arrogante. E, acima de tudo, de egótico. No calor da discussão e do alto da minha razão inatacável, algumas vezes não terei percebido a fragilidade de um opositor ou o seu desespero. Algumas vezes terei esmagado alguém liminarmente, sem me deter nas razões que levavam esse alguém a defender pontos de vista que me pareciam inaceitáveis. Os porquês, as causas, os eventuais equívocos. Ciente de que dava sempre iguais armas aos meus adversários, esquecia-me de que isso não bastava para que a luta fosse igualitária e, logo, inteiramente limpa. Mas a vida foi-me ensinando a lição, e encarregou-se de limar e amaciar as minhas arestas. Aprendi, por exemplo, que a coerência não justifica tudo e que não é, por si só, um valor essencial (a História está cheia de déspotas que foram sempre coerentes). Dar o braço a torcer pode ser bem mais compensador. Parar para observar os estragos que estamos a fazer no adversário é não só uma atitude muito mais humanista como, muitas vezes, mais eficaz. Porque o humaniza também. A maturidade, que me abriu os olhos para tudo isto (não é tudo mau...) trouxe-me, como compensação dos delirantes excessos perdidos, dois preciosíssimos presentes: a calma e o humor. Ironicamente, também com eles tenho que estar alerta. Ambos podem ser mais letais do que uma faca afiada. Tenho a plena noção de que fui ganhando algum inevitável cinismo pelo caminho, mas também uma visão mais tolerante dos outros e de mim própria.
A discussão pelo prazer da discussão, confesso, sempre há-de motivar-me. A dialética é para mim uma arte apaixonante e irresistível, que os meus genes provavelmente determinaram e a profissão acabou por substanciar. Tese, antítese e síntese são labirintos que me atraem como poucas outras coisas, e a ginástica mental parece-me muito mais preciosa do que aquela que se faz nos ginásios e nos deixa o físico em forma. Nas discussões alheias, galvaniza-me o espectáculo de inteligências em exercício (quando é o caso) e desespera-me a argumentação que se apoia em truques baixos e recursos menos nobres. Acho até que a dialética deveria ser uma modalidade olímpica, sujeita às regras de ouro dessas contendas superiores. Mas matar ou morrer já não é o meu estímulo. Agora, numa discussão, o que mais me encanta é o que aprendo. E, já agora, também um resto mortal de vaidade, que me ficou: o saber que posso ter ensinado alguma coisa.
Posted by ana v. at 14:36 18 comments
Labels: reflexões
Um presente
Posted by ana v. at 13:44 2 comments
Labels: música
sábado, 15 de setembro de 2007
O essencial
Esta ainda fresquinha, acabada de ouvir nas notícias da televisão, numa entrevista de rua no Porto, onde decorre a reunião dos Ministros das Finanças da União Europeia (ECOFIN).
Uma tripeira avantajada é abordada pelo jornalista, que lhe pergunta se sabe o que é o Ecofin. Resposta prontíssima: "Eu não... Sei o que é vinho fino, mas isso não ..."
Bem respondido, carago! O que interessa é saber o essencial.
Posted by ana v. at 18:28 9 comments
Rir é o melhor remédio
Uma boa gargalhada para o fim de semana. Obrigada, Azia.
Posted by ana v. at 18:14 2 comments
Labels: imperdíveis
My Sweet Lord
«Gently Weeping
Hoje acordei querendo ser a guitarra do George Harrison. Gentilmente derramaria lágrimas como há muito não faço.
O primeiro pranto seria por saudades acumuladas, feridas abertas não cicatrizadas. Depois choraria o que não consegui fazer, tempo perdido, desperdiçado, jogado fora, menino preguiçoso desde sempre. Lamentaria então, baixinho, os momentos mal vividos onde, enredado em antecipações, todo expectativa, fui mais uma vez criança. Lastimaria o sono que não dormi, sonhos esbanjados em preocupações tolas. E com cuidado, para que não ouvissem esse carpir silente, derramaria algumas lágrimas de ódio e estaria, finalmente, bem mais feliz.
I look at the world and I notice it's turning
While my guitar gently weeps
With every mistake we must surely be learning
Still my guitar gently weeps
Posted by ana v. at 01:10 12 comments
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
Ora aí está!
«Por um Tibete livre Percebe-se o melindre que provoca a visita do Dalai Lama a Portugal, mas o país deveria enviar um sinal muito mais forte aos tibetanos e aos chineses. Em especial este país, que tanto pugnou nos areópagos internacionais pela autodeterminação de Timor-Leste. Uma audiência com a comissão parlamentar dos Negócios Estrangeiros é claramente insuficiente, e, por isso, não ficamos lá muito bem na fotografia. »
Encontrado no Abencerragem, do Ricardo António Alves. Subscrevo, e acrescento: A bandeira da independência sempre foi especialmente cara aos portugueses (à excepção de Saramago, claro, mas esse felizmente não tinha voto na matéria quando tivemos invasões). Porquê este "assobiar para o lado" quando se trata do Tibete, tenha a opressão chinesa os anos que tiver?
Posted by ana v. at 20:59 13 comments
Gripe
Posted by ana v. at 20:09 4 comments
Labels: curtas