Hi, Ana. Há quanto tempo! Desde a última vez que aqui passei..., de bicicleta!
Você tem sorte, querida, com amigos destes. Mas dá cabo de mim, sabe? A minha ex está um mimo, não está? Olhe, eu, só mesmo por video. Mas tenho saudades, devo confessar. Sim, porque voltas, na vida, ele há outras, que não de bicicleta...
E por falar em bicicletas. Como vão as suas? Sabe que está uma minha, em leilão, aqui nos Estados Unidos? Com um selim especial... Não quer licitar? Não, não é isso que está a pensar, marota. É para subir a Calçada da Estrela mais facilmente, quando o Dalai Lama for recebido em S. Bento...
Lance, É verdade, long time no see. A sua ex está mesmo um mimo, canta bem que se farta, e o Sting também ajuda (lamento fazer-lhe ciúmes, mas é assim a vida...) A minha colecção de bicicletas está óptima e a invadir tudo. Também, começou logo com 9 milhões delas. Assim não é fácil. Quanto à sua bicicleta de selim especial, enfim, não me parece muito conveniente usá-la logo no dia de conhecer o Dalai Lama. Mesmo explicando que o calor era devido à subida, sua santidade podia levar a mal... o melhor é ela ficar lá pelos States, quem sabe o nosso amigo Bush se entusiasma a licitá-la!
Para a autobiografia A MINHA VIDA de Lou Andreas-Salomé, a mulher que teve o amor de Rilke e de Nietzsche, e que conviveu intimamente com Freud, Gillot, Rée, e muitos outros homens célebres da sua época. Um relato interessantíssimo, na primeira pessoa, de uma mulher excepcional. Para um dos meus filmes preferidos de sempre - QUEM TEM MEDO DE VIRGINIA WOOLF?, de Mike Nichols - que revejo sempre com o mesmo prazer. É superior o texto de Edward Albee, são-no também as interpretações, de um casal "ao rubro", de Liz Taylor e Richard Burton. O filme, não por acaso, conseguiu um feito único na história do cinema: foi nomeado para todas as categorias dos Oscares, em 1966. Para o filme AS HORAS, que vai fundo na análise da infelicidade extrema dos inadaptados sociais, tendo como novidade o prisma de uma outra infelicidade: a das pessoas ditas "normais" que os amam e rodeiam, sofrendo tanto ou mais do que eles e não tendo, sequer, o bálsamo da loucura ou da genialidade. Interpretações inesquecíveis de Nicole Kidman, Julianne Moore e Meryl Streep. Para o filme DIÁRIO DE UM ESCÂNDALO, em que Judi Dench e Cate Blanchett nos guiam maravilhosamente, num brilhante argumento, pelos meandros da manipulação e da perversão femininas. Não percebo como não levou quase todos os Oscares do ano. Para o filme INFAMOUS, de Douglas McGrath, em tudo superior ao mediático e oscarizado "CAPOTE" (que aborda o mesmo tema). Um lote de actores de primeira água numa produção de baixo orçamento, a provar que os filmes fora do mainstream estão cada vez mais na moda, nos States. Para o filme HABLE CON ELLA, de Pedro Almodôvar, que consegue a proeza de transformar em pura poesia um dos mais abjectos crimes imagináveis - a violação - cometido, ainda por cima, sobre uma mulher completamente indefesa. Um filme que fala de um amor incondicional, desesperado, comovente. De um amor que, no seu profundo desajuste, nos faz questionar tudo e redime aos nossos olhos toda a Humanidade.
2 comments:
Hi, Ana. Há quanto tempo! Desde a última vez que aqui passei..., de bicicleta!
Você tem sorte, querida, com amigos destes. Mas dá cabo de mim, sabe? A minha ex está um mimo, não está? Olhe, eu, só mesmo por video. Mas tenho saudades, devo confessar. Sim, porque voltas, na vida, ele há outras, que não de bicicleta...
E por falar em bicicletas. Como vão as suas? Sabe que está uma minha, em leilão, aqui nos Estados Unidos? Com um selim especial... Não quer licitar? Não, não é isso que está a pensar, marota. É para subir a Calçada da Estrela mais facilmente, quando o Dalai Lama for recebido em S. Bento...
Fique bem.
Lance,
É verdade, long time no see. A sua ex está mesmo um mimo, canta bem que se farta, e o Sting também ajuda (lamento fazer-lhe ciúmes, mas é assim a vida...)
A minha colecção de bicicletas está óptima e a invadir tudo. Também, começou logo com 9 milhões delas. Assim não é fácil.
Quanto à sua bicicleta de selim especial, enfim, não me parece muito conveniente usá-la logo no dia de conhecer o Dalai Lama. Mesmo explicando que o calor era devido à subida, sua santidade podia levar a mal... o melhor é ela ficar lá pelos States, quem sabe o nosso amigo Bush se entusiasma a licitá-la!
Volte sempre.
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