O amor embala.
A paixão sacode.
(Elton John - We all fall in love sometimes)
A porta mais bem fechada é aquela que pode deixar-se aberta
O amor embala.
A paixão sacode.
(Elton John - We all fall in love sometimes)
Posted by ana v. at 23:05
Labels: coisas minhas, curtas, música
8 comments:
Não tem nada a ver com o rapaz que canta mas lembrei-me de uma frase de não sei quem: "Oh! O amor fará um cão uivar afinado".
E olha que não sou cínico, não penses :)))
Cínico? Pelo contrário, JG, isso é que é fé! LOL
bjs
And I think it's gonna be a long long time
Till touch down brings me round again to find
I'm not the man they think I am at home
Oh no no no I'm a rocket man
Rocket man burning out his fuse up here alone
Von
Não, não...Ana. Ao contrário. A paixão embala o pessoal num feitiço que pode desestruturar a cachimónia, já de si desestruturada nos tempos que correm. O amor sacode...isto é,sacode os colarinhos do pessoal ao mesmo tempo que nos diz de olhos bem abertos que nos fixam: " esse gajo(a) não é para o teu dente.Não vale um chavo".
Descobri a verdade na t-shirt de um aluno, onde estava escrito " Quem vê cus, não vê corações". Valorizar as carnes é um feitiço que embala.Os jovens já o perceberam.
Não era bem nesse sentido, tinha mais a ver com ritmos e balanços, que vão da cadência suave até ao terramoto...
Mas sabes que mais, Miguel? Visto por esse teu prisma pragmático, tens toda a razão! Porque o amor (e este seria outro post) é lúcido e abre-nos os olhos, como dizes, enquanto a paixão é autista, por isso mais parecida com cantos de sereia que nos embalam. Concordo contigo, mas não vou alterar as minhas frases para ver se alguém discorda.
Bom contributo.
Beijinhos
Se o amor embala, não adormeçamos para sempre nos seus braços doces, nem quando nos protegem das sacudidelas por vezes brutas da paixão... acorde-nos alguém que sussurre, em tom falsamente alarmado, um petit-nom que não se pode dizer em público.
Se a paixão sacode, não temamos o seu abanão, deixemo-nos ir, sem medo da força da gravidade e sem medo de contrariá-la. A dança mais alucinada pode ser berço para calmarias póstumas...
Isto se nos ativermos ao corpo. Aos miolos, é certo, embala-os a paixão e sacode-os o amor, como disse o Miguel (Ana, isto parece fazer círculo com a primeira edição desta rubrica). Num caso ou noutro, é verdade que todos nos apaixonamos alguma vez, mas espera! Se o título da música diz fall in love, devo traduzir por apaixonar ou amorizar? Does it make a difference? Beijinhos, abraços et al.
Cada cabeça sua sentença
e é bem verdade.
Ana, um dia com menos trabalho e com paci~encia hás-de me explicar porque é que a paixão é autista, porque não consigo vislumbrar a razão.
A paixão começa sempre por construir, por isso poder vir a dar em amor.
Mas se calhar temos maneiras diferentes de ver e é só isso, o que até é salutar.
Tive uma avó que dizia:
- Ora vê lá se todos escolhessem o amarelo?! o mundo tombava para um lado!
beijinho
Acho que todos temos razão, porque estamos a ver prismas diferentes do amor e da paixão. E é isso que é interessante, não é?
Quando eu digo que a paixão é autista, Marta, quero dizer isto: o amor interessa-se pelo objecto amado, quer conhecê-lo, entendê-lo, saber como ele é realmente, para então se dedicar a ele inteiramente, amando-o até nas suas limitações e defeitos. A paixão, pelo contrário, idealiza o seu objecto, pinta-o com as cores mais brilhantes e perfeitas que a sua imaginação prodigiosa sabe conceber e é incapaz de ver algo menor nessa perfeição. A paixão basta-se a si própria, não precisa da realidade para nada. Por isso lhe chamo autista.
Enviar um comentário