Politicamente, sei que estou exactamente onde quero estar quando os amigos de direita me acham esquerdista, e os de esquerda não têm dúvidas de que sou de direita.
Eu não sei que coisa é ser de Esquerda ou de Direita. Costumo encontrar-me à Direita da maioria das pessoas com que privo nas questões político-morais e à Esquerda nas económico-sociais. Habituei-me a ser definido como direitista, o que talvez seja indício de a armação normativa e a moralidade terem idealmente nos espíritos alguma prioridade sobre o dinheiro e as vidinhas. Nem tudo estará perdido, pois. Beijnho, Querida Ana
Politicamente, cada um tem um GPS dentro de si. Só há que ter em conta que não há um destino. A politica é, muitas vezes, circular e cíclica (e cínica).
Muito parecida com o futebol, aliás. Por isso "O Eldorado" publicou hoje um "Curso Acelerado de Futebol para Meninas".
Caríssimo Réprobo, ora aí está uma definição inteligente e interessante. Parece-me que é isso mesmo que se passa comigo também, e nunca tinha pensado na coisa desse prisma. O que eu aprendo com os meus doutos comentadores! Um beijinho
João Paulo, Idem para ti (circular, cíclica e cínica, é verdade), com excepção do futebol, que não me ensina nada que eu queira aprender... Um beijo também
sinto o mesmo! Aliás acho até demodé a classificação esquerda/direita. Logo após o 25 de Abril é que havia a imperiosa necessecidade de demarcar as ideias e as rotular.
Para a autobiografia A MINHA VIDA de Lou Andreas-Salomé, a mulher que teve o amor de Rilke e de Nietzsche, e que conviveu intimamente com Freud, Gillot, Rée, e muitos outros homens célebres da sua época. Um relato interessantíssimo, na primeira pessoa, de uma mulher excepcional. Para um dos meus filmes preferidos de sempre - QUEM TEM MEDO DE VIRGINIA WOOLF?, de Mike Nichols - que revejo sempre com o mesmo prazer. É superior o texto de Edward Albee, são-no também as interpretações, de um casal "ao rubro", de Liz Taylor e Richard Burton. O filme, não por acaso, conseguiu um feito único na história do cinema: foi nomeado para todas as categorias dos Oscares, em 1966. Para o filme AS HORAS, que vai fundo na análise da infelicidade extrema dos inadaptados sociais, tendo como novidade o prisma de uma outra infelicidade: a das pessoas ditas "normais" que os amam e rodeiam, sofrendo tanto ou mais do que eles e não tendo, sequer, o bálsamo da loucura ou da genialidade. Interpretações inesquecíveis de Nicole Kidman, Julianne Moore e Meryl Streep. Para o filme DIÁRIO DE UM ESCÂNDALO, em que Judi Dench e Cate Blanchett nos guiam maravilhosamente, num brilhante argumento, pelos meandros da manipulação e da perversão femininas. Não percebo como não levou quase todos os Oscares do ano. Para o filme INFAMOUS, de Douglas McGrath, em tudo superior ao mediático e oscarizado "CAPOTE" (que aborda o mesmo tema). Um lote de actores de primeira água numa produção de baixo orçamento, a provar que os filmes fora do mainstream estão cada vez mais na moda, nos States. Para o filme HABLE CON ELLA, de Pedro Almodôvar, que consegue a proeza de transformar em pura poesia um dos mais abjectos crimes imagináveis - a violação - cometido, ainda por cima, sobre uma mulher completamente indefesa. Um filme que fala de um amor incondicional, desesperado, comovente. De um amor que, no seu profundo desajuste, nos faz questionar tudo e redime aos nossos olhos toda a Humanidade.
6 comments:
Eu não sei que coisa é ser de Esquerda ou de Direita. Costumo encontrar-me à Direita da maioria das pessoas com que privo nas questões político-morais e à Esquerda nas económico-sociais. Habituei-me a ser definido como direitista, o que talvez seja indício de a armação normativa e a moralidade terem idealmente nos espíritos alguma prioridade sobre o dinheiro e as vidinhas.
Nem tudo estará perdido, pois.
Beijnho, Querida Ana
Politicamente, cada um tem um GPS dentro de si.
Só há que ter em conta que não há um destino.
A politica é, muitas vezes, circular e cíclica (e cínica).
Muito parecida com o futebol, aliás.
Por isso "O Eldorado" publicou hoje um "Curso Acelerado de Futebol para Meninas".
Beijos.
Caríssimo Réprobo, ora aí está uma definição inteligente e interessante. Parece-me que é isso mesmo que se passa comigo também, e nunca tinha pensado na coisa desse prisma. O que eu aprendo com os meus doutos comentadores!
Um beijinho
João Paulo,
Idem para ti (circular, cíclica e cínica, é verdade), com excepção do futebol, que não me ensina nada que eu queira aprender...
Um beijo também
E quando os amigos do centro te acham do centro?
:)
Melhor ainda, caro Espumante.
Embora o "centro" seja ainda mais difícil de definir do que a esquerda e a direita...
sinto o mesmo! Aliás acho até demodé a classificação esquerda/direita. Logo após o 25 de Abril é que havia a imperiosa necessecidade de demarcar as ideias e as rotular.
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