Pegue num punhado de lembranças de conserva e leve a lume brando em água de memórias, deixando ferver lentamente até que todas venham à superfície. Aromatize com humor e ternura em partes iguais, junte imaginação qb para dar colorido e deixe que ganhem volume. Reserve por algum tempo, mas não demasiado.
Deve ficar uma massa delicada mas consistente, branda e sensível ao tacto. Não deixe esfriar, e vá moldando pequenos instantes (ou grandes, conforme a preferência e o apetite) de formas variadas, recheando-os a gosto com surpresas e inspirações de momento.
Tudo fica bem como recheio: picante, doce e agri-doce, dependendo dos comensais. Sirva quentes, polvilhados de fantasia para decorar (os enfeites são essenciais para o êxito desta receita).
(Nota: Esta é uma receita diferente. Não é para cozinheiros preguiçosos e exige muita dedicação e conhecimentos profundos de arte culinária. Mas compensa tudo. Experimente. Faça uma surpresa a alguém, este Natal.)
11 comments:
Doces fantasias!
Adorei e foi assim que seguiu direitinha para o meu livro de receitas.
Bom Natal
Carla
Tens um convite no gmail.
Original, inspirada, criativa e com sensibilidade apurada.
Acho que vou experimentar esta receita com recheio doce. De maçã. Aposto que ficará bem com Red Delicious em quantidade qb (qualquer receita que se preze tem que levar qualquer qb, fica sempre bem). Sabor virtual que conservo na boca, temperado com imaginação e fantasia. Depois comento o resultado.
Vai ao forno ou coze no calor forte do desejo ?
esta tem de concorrer ao prémio " entrada kitsch do ano". E tens o meu voto!
Kitsch?
Pois se nem sequer é uma quiche...
Estes amadores de cozinha...
Caríssimo Pantagruel,
Uma honra, a sua visita. Feita pelas suas mãos de expert a receita ficará com certeza um primor... pantagruélico! Experimente, sim, e claro que queremos saber o resultado.
Manel,
A liberdade na cozinha é fundamental. Faz como achares melhor, desde que vá ao rubro. A fogo lento, de preferência.
Miguel,
Pelo contrário, a receita é sofisticada e não é para principiantes, nem para seguidores do Quim Barreiros. Mas ok, venha de lá o prémio!
Ratatouille,
Não ligues, há quem não leve a sério as artes culinárias...
Ui miúda, esta parece ainda mais difícil do que as minhas azevias! Mas hei-de tentar, pode ser que me saia bem, apesar da minha ainda pequena cozinha da vida, mas vou aplicar-me na dedicação! Tenho de ter cuidado para acertar no 'q.b.' e no 'não demasiado'... No fim, levarei a fuego lento e quando estiver pronto, vou servir nos pratos de Natal, sentada na banqueta da lareira... Até já sei quem vou surpreender! Espero ser capaz...
Beijinhos
p.s. Parabéns pela receita...
Sofia, sei bem que não és preguiçosa a aprender seja o que for. Aposto que te vais sair bem nesta receita!
Beijos
Tão bonita esta receita Ana
e uma ideia fabulosa.
É sempre tempo de começar a fazê-la.
Obrigada, Marta. Pois é, apetece fazê-la sempre, não é?
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