Como estou há que tempos às voltas com esta espécie de aforismo da Ana e a única coisa que me ocorre é "ménage a trois" e porque este tipo de alusões podem estragar, do ponto de vista estético, este notável dário da Net que é o "Porta do Vento" proponho um outro aforismo que dispensa resposta e é certeiro que se farta. Penso que é da autoria do Pedro Mexia:
Selvajaria O importante é exasperar as pessoas, ao ponto de as fazer abandonar os eufemismos em que se refugiam. E exibirem finalmente toda a sua selvajaria
Mad, Continua-se a tentar, miúda. Não vejo outra solução. Quem sabe um dia...
Oriana e Amadis, Um grande beijo para cada um.
Miguel, Guardei-te para o fim porque o teu comentário me deixou de boca aberta: este aforismo, se quiseres chamar-lhe assim, é totalmente abstracto e aplica-se a tudo na vida. Significa apenas que não podemos ficar imóveis, à espera de que alguma coisa extraordinária nos aconteça, sem termos mexido um dedo. Quem quiser mais do que o comum, tem que ousar. Só isso!! Mas, exactamente porque é aplicável a tudo, também é aplicável à ideia de um "ménage a trois"... para quem é esse o passo no escuro, o passo arriscado ou o passo em frente. A interpretação foi tua, meu amigo, o que não significa necessariamente que seja esse o teu caso. Mas não me passou pela cabeça baixar o nível deste blog, nem tenho a certeza de que essa sugestão (mesmo que a tivesse feito) significasse necessariamente uma baixa no nível. É tudo tão relativo... Quanto ao aforismo do Pedro Mexia, que já conhecia do Estado Civil, é muito bom mas não quer dizer o mesmo. Embora, como o meu, apele às vantagens de um abanão nas máscaras sociais que todos usamos, a ponto de nos esquecermos de quem realmente somos. E esse abanão vem, muitas vezes, de quem nos exaspera (e que muitas vezes gosta de nós, ou não se daria ao incómodo de fazê-lo). Conviver com os eufemismos é muito mais fácil e mais seguro. E com isto voltamos ao tema dos lobos.
Peço desculpa se o que escrevi "caiu " um pouco mal . Mais uma vez quis ter piada e quis fazer piada com o aforismo, que aliás, pode ser abordado com humor. Apenas isso. Os comentários são muitas vezes afixados de impulso e quando já lá estão, ou o editor decide retirá-los ou então é tarde para o próprio autor do comentario fazê-lo.
Não tens nada que pedir desculpa, Miguel, sobretudo se era uma graça. Sou eu que peço desculpa, porque não a percebi e por isso fiquei admirada com o teu comentário. Esquece, não tem a menor importância. A língua portuguesa é muito traiçoeira, já todos sabemos!
Para a autobiografia A MINHA VIDA de Lou Andreas-Salomé, a mulher que teve o amor de Rilke e de Nietzsche, e que conviveu intimamente com Freud, Gillot, Rée, e muitos outros homens célebres da sua época. Um relato interessantíssimo, na primeira pessoa, de uma mulher excepcional. Para um dos meus filmes preferidos de sempre - QUEM TEM MEDO DE VIRGINIA WOOLF?, de Mike Nichols - que revejo sempre com o mesmo prazer. É superior o texto de Edward Albee, são-no também as interpretações, de um casal "ao rubro", de Liz Taylor e Richard Burton. O filme, não por acaso, conseguiu um feito único na história do cinema: foi nomeado para todas as categorias dos Oscares, em 1966. Para o filme AS HORAS, que vai fundo na análise da infelicidade extrema dos inadaptados sociais, tendo como novidade o prisma de uma outra infelicidade: a das pessoas ditas "normais" que os amam e rodeiam, sofrendo tanto ou mais do que eles e não tendo, sequer, o bálsamo da loucura ou da genialidade. Interpretações inesquecíveis de Nicole Kidman, Julianne Moore e Meryl Streep. Para o filme DIÁRIO DE UM ESCÂNDALO, em que Judi Dench e Cate Blanchett nos guiam maravilhosamente, num brilhante argumento, pelos meandros da manipulação e da perversão femininas. Não percebo como não levou quase todos os Oscares do ano. Para o filme INFAMOUS, de Douglas McGrath, em tudo superior ao mediático e oscarizado "CAPOTE" (que aborda o mesmo tema). Um lote de actores de primeira água numa produção de baixo orçamento, a provar que os filmes fora do mainstream estão cada vez mais na moda, nos States. Para o filme HABLE CON ELLA, de Pedro Almodôvar, que consegue a proeza de transformar em pura poesia um dos mais abjectos crimes imagináveis - a violação - cometido, ainda por cima, sobre uma mulher completamente indefesa. Um filme que fala de um amor incondicional, desesperado, comovente. De um amor que, no seu profundo desajuste, nos faz questionar tudo e redime aos nossos olhos toda a Humanidade.
7 comments:
E quando já vamos na décima quinta coisa que nunca se fez e mesmo assim não funciona? Ah pois é...
a quem o dizem...
Besos
Como estou há que tempos às voltas com esta espécie de aforismo da Ana e a única coisa que me ocorre é "ménage a trois" e porque este tipo de alusões podem estragar, do ponto de vista estético, este notável dário da Net que é o "Porta do Vento" proponho um outro aforismo que dispensa resposta e é certeiro que se farta. Penso que é da autoria do Pedro Mexia:
Selvajaria
O importante é exasperar as pessoas, ao ponto de as fazer abandonar os eufemismos em que se refugiam. E exibirem finalmente toda a sua selvajaria
a quem o dizes...
Una venia, señores.
Mad,
Continua-se a tentar, miúda. Não vejo outra solução. Quem sabe um dia...
Oriana e Amadis,
Um grande beijo para cada um.
Miguel,
Guardei-te para o fim porque o teu comentário me deixou de boca aberta: este aforismo, se quiseres chamar-lhe assim, é totalmente abstracto e aplica-se a tudo na vida. Significa apenas que não podemos ficar imóveis, à espera de que alguma coisa extraordinária nos aconteça, sem termos mexido um dedo. Quem quiser mais do que o comum, tem que ousar. Só isso!!
Mas, exactamente porque é aplicável a tudo, também é aplicável à ideia de um "ménage a trois"... para quem é esse o passo no escuro, o passo arriscado ou o passo em frente.
A interpretação foi tua, meu amigo, o que não significa necessariamente que seja esse o teu caso. Mas não me passou pela cabeça baixar o nível deste blog, nem tenho a certeza de que essa sugestão (mesmo que a tivesse feito) significasse necessariamente uma baixa no nível. É tudo tão relativo...
Quanto ao aforismo do Pedro Mexia, que já conhecia do Estado Civil, é muito bom mas não quer dizer o mesmo. Embora, como o meu, apele às vantagens de um abanão nas máscaras sociais que todos usamos, a ponto de nos esquecermos de quem realmente somos.
E esse abanão vem, muitas vezes, de quem nos exaspera (e que muitas vezes gosta de nós, ou não se daria ao incómodo de fazê-lo). Conviver com os eufemismos é muito mais fácil e mais seguro. E com isto voltamos ao tema dos lobos.
Um beijinho.
Ana:
Peço desculpa se o que escrevi "caiu " um pouco mal . Mais uma vez quis ter piada e quis fazer piada com o aforismo, que aliás, pode ser abordado com humor. Apenas isso. Os comentários são muitas vezes afixados de impulso e quando já lá estão, ou o editor decide retirá-los ou então é tarde para o próprio autor do comentario fazê-lo.
Não tens nada que pedir desculpa, Miguel, sobretudo se era uma graça. Sou eu que peço desculpa, porque não a percebi e por isso fiquei admirada com o teu comentário. Esquece, não tem a menor importância. A língua portuguesa é muito traiçoeira, já todos sabemos!
beijos
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