"through violence you may murder a murderer but you can't murder murder. Through violence you may murder a liar but you can't establish truth. Through violence you may murder a hater, but you can't murder hate. Darkness cannot put out darkness. Only light can do that."
Para que pudessemos continuar a sonhar? que bom seria ..
Não foi só o sonho dele; não é só o sonho dele; não será, certamente, só o sonho dele. E assim este "sonho" se vai concretizando mais um bocadinho, todos os dias...
Sou muito pragmática mas sou optimista também: o meu pai esforçou-se muito para que eu acreditasse que o homem é naturalmente bom, como dizia Rousseau :-) Creio, no sentido de acreditar, que todos (sublinho o todos) somos capazes do melhor e do pior; o desafio é conseguirmos viver a vida segundo os valores do primeiro, sem pisar o risco. Desafio maior será, talvez, tendo-o pisado, reconhecê-lo e recuar. Nem que seja na "cruz", ao lado Dele... Um beijinho. :-)
Não posso estar mais de acordo, Fugidia. Em todos nós há o melhor e o pior, e reconhecê-lo já é um passo importante. O resto é navegação, nem sempre com a costa à vista. Beijinho
Querida Ana, é, evidentemente, um caso de superioridade da Mensagem sobre o homem, apanhado em baixos adultérios e tráficos de influências. Quanto à questão de fundo, ainda há muitos ressentimentos, expressos na brutalidade Yank que acompanhou a ocupação do Sul e as restrições impostas ao modo de vida regional. Se os dollars garantiram a unidade nacional federativa, ficou uma raiva surda que nas camadas menos abastadas se canaliza contra os mais fracos, que, no caso, só poderiam ser a população negra. Mas há bons sinais de mudança e um deles é o aumento da influência católica, em detrimento de credos protestantes radicais que estavam na base das tensões referidas. Beijinho
Sim, Paulo, sei a que se refere. Mas Luther King era uma figura incómoda, e deve ter havido muita difamação também. De qualquer maneira, é o que diz: a Mensagem vale por si própria, e a verdade é que foi através dele que foi ouvida com toda aquela convicção, numa época em que isso requeria muita coragem. Tanta, que o preço foi a morte... As menoridades dos homens diluem-se na História, os seus actos de relevo ficam. Acredito que foi muito graças a esta voz e a esta mensagem que as mentalidades nos States começaram a ser sacudidas e têm vindo a mudar. Lentamente, mas a mudar. Foi um turning point. Não nego o importante papel da Igreja Católica, claro, mas não tenho dúvidas de que Luther King abriu caminho à mudança quando pôs o dedo na ferida. Beijinho
Para a autobiografia A MINHA VIDA de Lou Andreas-Salomé, a mulher que teve o amor de Rilke e de Nietzsche, e que conviveu intimamente com Freud, Gillot, Rée, e muitos outros homens célebres da sua época. Um relato interessantíssimo, na primeira pessoa, de uma mulher excepcional. Para um dos meus filmes preferidos de sempre - QUEM TEM MEDO DE VIRGINIA WOOLF?, de Mike Nichols - que revejo sempre com o mesmo prazer. É superior o texto de Edward Albee, são-no também as interpretações, de um casal "ao rubro", de Liz Taylor e Richard Burton. O filme, não por acaso, conseguiu um feito único na história do cinema: foi nomeado para todas as categorias dos Oscares, em 1966. Para o filme AS HORAS, que vai fundo na análise da infelicidade extrema dos inadaptados sociais, tendo como novidade o prisma de uma outra infelicidade: a das pessoas ditas "normais" que os amam e rodeiam, sofrendo tanto ou mais do que eles e não tendo, sequer, o bálsamo da loucura ou da genialidade. Interpretações inesquecíveis de Nicole Kidman, Julianne Moore e Meryl Streep. Para o filme DIÁRIO DE UM ESCÂNDALO, em que Judi Dench e Cate Blanchett nos guiam maravilhosamente, num brilhante argumento, pelos meandros da manipulação e da perversão femininas. Não percebo como não levou quase todos os Oscares do ano. Para o filme INFAMOUS, de Douglas McGrath, em tudo superior ao mediático e oscarizado "CAPOTE" (que aborda o mesmo tema). Um lote de actores de primeira água numa produção de baixo orçamento, a provar que os filmes fora do mainstream estão cada vez mais na moda, nos States. Para o filme HABLE CON ELLA, de Pedro Almodôvar, que consegue a proeza de transformar em pura poesia um dos mais abjectos crimes imagináveis - a violação - cometido, ainda por cima, sobre uma mulher completamente indefesa. Um filme que fala de um amor incondicional, desesperado, comovente. De um amor que, no seu profundo desajuste, nos faz questionar tudo e redime aos nossos olhos toda a Humanidade.
11 comments:
"through violence you may murder a murderer but you can't murder murder.
Through violence you may murder a liar but you can't establish truth.
Through violence you may murder a hater, but you can't murder hate. Darkness cannot put out darkness. Only light can do that."
Para que pudessemos continuar a sonhar? que bom seria ..
Beijinho Ana e bom fim-de-semana *
Beijinho, Once.
Bom fim de semana para si também.
Não foi só o sonho dele; não é só o sonho dele; não será, certamente, só o sonho dele.
E assim este "sonho" se vai concretizando mais um bocadinho, todos os dias...
Sou muito pragmática mas sou optimista também: o meu pai esforçou-se muito para que eu acreditasse que o homem é naturalmente bom, como dizia Rousseau :-)
Creio, no sentido de acreditar, que todos (sublinho o todos) somos capazes do melhor e do pior; o desafio é conseguirmos viver a vida segundo os valores do primeiro, sem pisar o risco. Desafio maior será, talvez, tendo-o pisado, reconhecê-lo e recuar. Nem que seja na "cruz", ao lado Dele...
Um beijinho.
:-)
Não posso estar mais de acordo, Fugidia. Em todos nós há o melhor e o pior, e reconhecê-lo já é um passo importante. O resto é navegação, nem sempre com a costa à vista.
Beijinho
Bem lembrado, Ana. Ele é um dos meus heróis de estimação!Bj
pena que ainda leva tempo.
mas a gente espera com fé na raça humana ... ;) não é?
E dos meus também, Teresa.
Claro, Cora, há que manter a esperança...
Bjs
Querida Ana,
é, evidentemente, um caso de superioridade da Mensagem sobre o homem, apanhado em baixos adultérios e tráficos de influências.
Quanto à questão de fundo, ainda há muitos ressentimentos, expressos na brutalidade Yank que acompanhou a ocupação do Sul e as restrições impostas ao modo de vida regional. Se os dollars garantiram a unidade nacional federativa, ficou uma raiva surda que nas camadas menos abastadas se canaliza contra os mais fracos, que, no caso, só poderiam ser a população negra.
Mas há bons sinais de mudança e um deles é o aumento da influência católica, em detrimento de credos protestantes radicais que estavam na base das tensões referidas.
Beijinho
Sim, Paulo, sei a que se refere. Mas Luther King era uma figura incómoda, e deve ter havido muita difamação também. De qualquer maneira, é o que diz: a Mensagem vale por si própria, e a verdade é que foi através dele que foi ouvida com toda aquela convicção, numa época em que isso requeria muita coragem. Tanta, que o preço foi a morte...
As menoridades dos homens diluem-se na História, os seus actos de relevo ficam.
Acredito que foi muito graças a esta voz e a esta mensagem que as mentalidades nos States começaram a ser sacudidas e têm vindo a mudar. Lentamente, mas a mudar. Foi um turning point.
Não nego o importante papel da Igreja Católica, claro, mas não tenho dúvidas de que Luther King abriu caminho à mudança quando pôs o dedo na ferida.
Beijinho
Que bem lembrado, vizinha! Um dos meus heróis.
Fico sempre impressionada quando o ouço dizer com aquela força espantosa: "I have a dream". Um herói e bem merece a nossa admiração!
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