A festa do cinema surpreendeu-me bastante, num ano de recessão em Hollywood. Fiquei contente pelos irmãos Cohen que me têm seduzido a cada filme que produzem. Descobri-os através de "Fargo" e a partir daí têm-me maravilhado cada vez mais com as suas obras. Afinal ainda existe espaço para o cinema "artesanal" na indústria norte-americana... Boa semana para ti!
Bom gosto, Capitão. Os irmãos Cohen são do melhor que há no cinema actual, também acho. E o cinema "artesanal" até está na moda, cada vez mais. Boa semana tropical.
Para a autobiografia A MINHA VIDA de Lou Andreas-Salomé, a mulher que teve o amor de Rilke e de Nietzsche, e que conviveu intimamente com Freud, Gillot, Rée, e muitos outros homens célebres da sua época. Um relato interessantíssimo, na primeira pessoa, de uma mulher excepcional. Para um dos meus filmes preferidos de sempre - QUEM TEM MEDO DE VIRGINIA WOOLF?, de Mike Nichols - que revejo sempre com o mesmo prazer. É superior o texto de Edward Albee, são-no também as interpretações, de um casal "ao rubro", de Liz Taylor e Richard Burton. O filme, não por acaso, conseguiu um feito único na história do cinema: foi nomeado para todas as categorias dos Oscares, em 1966. Para o filme AS HORAS, que vai fundo na análise da infelicidade extrema dos inadaptados sociais, tendo como novidade o prisma de uma outra infelicidade: a das pessoas ditas "normais" que os amam e rodeiam, sofrendo tanto ou mais do que eles e não tendo, sequer, o bálsamo da loucura ou da genialidade. Interpretações inesquecíveis de Nicole Kidman, Julianne Moore e Meryl Streep. Para o filme DIÁRIO DE UM ESCÂNDALO, em que Judi Dench e Cate Blanchett nos guiam maravilhosamente, num brilhante argumento, pelos meandros da manipulação e da perversão femininas. Não percebo como não levou quase todos os Oscares do ano. Para o filme INFAMOUS, de Douglas McGrath, em tudo superior ao mediático e oscarizado "CAPOTE" (que aborda o mesmo tema). Um lote de actores de primeira água numa produção de baixo orçamento, a provar que os filmes fora do mainstream estão cada vez mais na moda, nos States. Para o filme HABLE CON ELLA, de Pedro Almodôvar, que consegue a proeza de transformar em pura poesia um dos mais abjectos crimes imagináveis - a violação - cometido, ainda por cima, sobre uma mulher completamente indefesa. Um filme que fala de um amor incondicional, desesperado, comovente. De um amor que, no seu profundo desajuste, nos faz questionar tudo e redime aos nossos olhos toda a Humanidade.
6 comments:
Experimenta... pode ser que sim... e apartilhavas o prémio comigo, não partilhavas?
beijinhos
claro, miúda! mas é pouco provável porque é raro jogar...
beijinhos
Mas, ficando Excêntrica, não poderia harmonizar-se mais com a Academia...
Beijinho, Querida Ana
Grande verdade, Paulo... embora aquela maneira de viver fosse a última excentricidade de que me lembraria!
Um beijinho
A festa do cinema surpreendeu-me bastante, num ano de recessão em Hollywood. Fiquei contente pelos irmãos Cohen que me têm seduzido a cada filme que produzem. Descobri-os através de "Fargo" e a partir daí têm-me maravilhado cada vez mais com as suas obras. Afinal ainda existe espaço para o cinema "artesanal" na indústria norte-americana...
Boa semana para ti!
Bom gosto, Capitão. Os irmãos Cohen são do melhor que há no cinema actual, também acho. E o cinema "artesanal" até está na moda, cada vez mais.
Boa semana tropical.
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