Ou melhor, à do espírito que presidia, até há uns anos, à atribuição do Nobel da Paz. Porque esse morreu, certamente. E o seu herdeiro não me convence.
domingo, 14 de outubro de 2007
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A porta mais bem fechada é aquela que pode deixar-se aberta
6 comments:
Porquê, Ana?
Porque me parece um absurdo atribuir este galardão a pessoas que não se bateram pela paz, e DE FORMA PACÍFICA. Arafat e Ramos Horta, por exemplo. No caso do Al Gore, então, não entendo mesmo. Sei que não há um Nobel para o Ambiente, mas... o da Paz, porquê? A sensação que tenho é que este prémio se transformou num instrumento político por excelência, e tenho pena. Abro uma honrosa excepção para Muhammad Yunus, que se bateu desinteressadamente pelos direitos humanos e melhoria de vida (e logo, pela paz) de um dos povos mais pobres do mundo - o do Bangladesh, quando poderia ter ficado confortavelmente na sua Universidade americana. São esses que eu admiro, Margarida, como Ghandi e Madre Teresa, outros dois exemplos.
Concordo Ana, talvez lhe servisse o da Física, mas nem esse. Enfim andamos loucos, nós ou os Deuses, já não sei.
Bjs, pp.
Grande beijo para ti também, PP. Já tinha saudades.
O prémio não me convence, Ana, mas não será verdade que abordar e tentar resolver os problemas ambientais e limitar os efeitos do aquecimento global pode contribuir para a paz? As consequências das mudanças climáticas não poderão ser geradoras de guerra? Sempre ouvi dizer que as guerras do século XXI vão ser motivadas pela água... embora o que Al Gore faz não baste para evitá-las - e, repito, o prémio não me convença -, a ligação entre ambiente e paz faz algum sentido. Beijos.
Talvez tenhas razão, Pedro, e eu esteja a ser mais papista que o papa. É verdade que as questões ambientais estão directamente ligadas à paz ou à sua ausência, e podem ser fulcrais num futuro muito próximo. Toda a atenção que se chame para elas é importante. Mas talvez o problema seja a ideia romântica que eu tenho do prémio Nobel da Paz, que exclui, para mim, qualquer hipótese em que as motivações dos candidatos não sejam exclusivamente altruístas e acima de qualquer suspeita. Neste caso, esta campanha (e este prémio foi a cereja em cima do bolo) garantiu a Al Gore uma enorme notoriedade e uma posição muito confortável na corrida à Casa Branca, que ele vai com certeza capitalizar a seu favor. E talvez seja isso que me incomode.
E já agora, para ser completamente mazinha, dizem os opositores de Al Gore que ele era vice-presidente dos EUA quando este país recusou assinar o compromisso de Quioto...
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