Doris Lessing, a octogenária que acabou de ser agraciada com o Nobel da Literatura, foi apanhada de surpresa por jornalistas ao sair do supermercado, no bairro londrino onde vive. De sacos na mão, afogueada e com o carrapito meio desmanchado, disse a um deles, divertida: "Eu achei estranho, realmente, tantos repórteres por aqui... mas, como neste bairro se filmam muitas novelas (soap operas), pensei que estavam cá por causa disso. O que não me passou pela cabeça é que era por mim!" Comoveu-me a total ausência de vaidade, a bonomia, a sábia relativização das coisas deste mundo. E lembrei-me, inevitavelmente, de outro laureado a quem os louros subiram, literalmente, à cabeça. Adivinhem quem.
sábado, 13 de outubro de 2007
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8 comments:
É verdade, vizinha, admirável. Mas lembro-me também dos que, não tendo ainda o laurel, a cabeça já se lhes turvou.
Admiro muito pessoas assim e são tão raras...
Pois é, vizinho, a voragem da glória...
;)
É que ele há pessoas que escrevem laureadas e outras (ig)nobeis nobilizadas. Tão simples como isso.
Escritas à parte, a diferença é abissal.
Espera aí, JG: explica lá isso outra vez, como se eu fosse MUUUUUUITO burra...
Estás a ficar hermético ou foi o meu cérebro que congelou ao pensar no nosso igNobel laureado?
;)
Ana, como diria a Mad, dá-lhe ... no nobel ignobel ou ignaulereado ?? tanto faz ou, à espanhola, me da egual.
O Luís já disse. Estou dispensado. Ufff!!!
É o que dá ter comentadores de luxo... começam a fazer habilidades com as palavras e depois a gente não os percebe! Mas obrigada pela explicação, já lá cheguei. É uma questão de tempo: sabem como é, ideias curtas e cabelos compridos...
Vai um nobelzinho para cada um?
Bjs
:)
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