Quem disse que os alentejanos só gostam de dormir?
No SOL, acabei de ler a mais extraordinária das notícias: nesta era em que a transgenia está na ordem do dia, o Alentejo faz questão de não ficar na cauda da Europa. Sabendo que há que acompanhar os tempos com criatividade e inovação, mas ao mesmo tempo manter a identidade e a cultura que distingue cada região, Campo Maior agigantou-se no ranking mundial e criou uma azeitona com sabor a café (!!!!). Será que vão chamar-lhe Cafeitona?
Não, não é brincadeira. A experiência foi feita e os seus autores vão comercializar o resultado a curto prazo, inundando os mercados com este original produto da região, que acreditam vir a ser um grande sucesso. Por mim, duvido muito. Pergunto-me para que servirá uma azeitona a saber a café: para tomar no fim das refeições? Para juntar ao leite do pequeno-almoço? Mas tenho algumas outras sugestões para estes génios alentejanos, caso me engane:
- Salmoriço - chouriço com sabor a salmão.
- Lagostigas - migas com sabor a lagosta.
- Sushiada - feijoada com sabor a sushi.
- Sorbecinho - toucinho com sabor a sorbet.
- Sericanga - sericaia com sabor a manga.
Tudo isto, claro, regado com um bom Gintol - um gin tónico com sabor a tintol.
E viva a criatividade à portuguesa!
4 comments:
Lagostigas e sericanga devem ser óptimas :-)
Ou Cafetina - Café com sabor a gelatina
Talvez no Brasil tivesse sucesso.
Melhor, só a receita de bacalhau com morangos (bacangos ou moralhau?) do Gaston Lagaffe!
Conto-vos uma história verídica passada com amigos meus, a propósito disto: uma mãe de família (7 filhos, conta bancária quase a zeros, em plena época pós-revolução de Abril) fez um arroz de bacalhau para o almoço. Como o bacalhau era pouco e o arroz muito para render, desapareceu o bacalhau todo e acabou por sobrar muito arroz. Ela não se atrapalhou: lavou-o muito bem, juntou gemas, açucar e leite e fez um arroz doce para o jantar. Ninguém se queixou...
Enviar um comentário