Parece que é desta vez que os Rolling Stones se despedem dos palcos, definitivamente. Um último concerto - em Londres, noblesse oblige - já foi anunciado, o que significa a rendição dos músicos à passagem do tempo: Mick Jagger tem 64 anos, Keith Richards tem 63, Charlie Watts tem 66 e Ronnie Wood tem 60.
Vi-os no concerto que deram em Lisboa, há cerca de dez anos: ainda electrizantes, ainda incansáveis, ainda irreverentes, enfim, ainda míticos. Ao deste ano não quis ir, porque me pareceu impossível que tudo isto voltasse a repetir-se, passados tantos anos. E ainda bem que fiquei com essa imagem de Mick Jagger na memória, enchendo o palco de uma energia e sensualidade como muito poucos outros conseguiram alguma vez, mesmo muito mais novos. Mas tudo tem limites. O concerto deste ano foi, segundo ouvi, um espectáculo triste. Com defesas compreensíveis, claro, mas dispensáveis ao nosso imaginário. A idade não perdoa a ninguém, e os mitos querem-se... mitos.
Também outro mito, Elton John, gravou um DVD (que estará nas lojas em Outubro) de um concerto ao vivo em NY, precisamente no dia em que fez 60 anos. No DVD, que terá o título de Elton 60: Live at Madison Square Garden, ficaram registados muitos dos temas inesquecíveis do seu quase infindável repertório.
Mas Elton John é um caso diferente: as melodias calmas e o registo intimista dos seus espectáculos - um homem e um piano, quase sempre - permitem-lhe uma vida mais longa sobre os palcos, se assim o quiser. Eu, pelo menos, gostava muito que ele não se calasse ainda. E muito boa gente estará comigo neste desejo.
Mas Elton John é um caso diferente: as melodias calmas e o registo intimista dos seus espectáculos - um homem e um piano, quase sempre - permitem-lhe uma vida mais longa sobre os palcos, se assim o quiser. Eu, pelo menos, gostava muito que ele não se calasse ainda. E muito boa gente estará comigo neste desejo.
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