AMÁLIA, A TUA VOZ
Vem das sombras do Tempo
Da memória da Terra
Essa força que encerra
Amália, a tua voz
Amália, a tua voz
Não tem nome ou idade
É toda liberdade
É mar, sopro de vento
Tem a cor das palavras
Murmuradas nos sonhos
É de mel e medronhos
Amália, a tua voz
Amália, a tua voz
Sabe a água das fontes
Cheira a urze dos montes
E a roseiras bravas
É rastilho veloz
Que ateia um fogo posto
É poente de Agosto
Amália, a tua voz
Amália, a tua voz
Chora todos os prantos
Rasga todos os mantos
Que nos escondem de nós
É colcha de Viana
Ricamente bordada
É renda delicada
Amália, a tua voz
Amália, a tua voz
É madeira entalhada
Cordão de oiro, arrecada
Da melhor filigrana
Caravela ou fragata
Onde embarcam desejos
É promessa de beijos
Amália, a tua voz
Amália, a tua voz
É sangue, é vinho novo
É a alma de um povo
Que a cantar se desata
(in Porgy and Bess, de George Gershwin)
4 comments:
Não te conhecia este. Mais um livro de poesia na manga?
Talvez, mas esta é uma letra para ser cantada. Está a ser musicada por um craque, não posso dizer o nome ainda. Estou morta por ver o resultado.
AH NÃO!!!!! Vá, maila-me imediatamente (ando a dizer isto muitas vezes...)
vou mailar-te mesmo, até porque tive uma ideia gira para te propor e estes senhores não têm nada com isso. Desculpem, nada de pessoal, mas há que manter algum segredo entre manas... Ninguém se ofende, pois não?
ana
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