AV, Venho retribuir a visita. Já andei por aí lendo as matérias. Achei interessantíssima a questão sobre se o Inferno é endotérmico ou exotérmico. Dá pra se escrever muito, e com bastante criatividade, à respeito. Voltarei sempre. Beijo
Obrigada, milord, também sou visita assídua da sua casa. Foi uma sugestão da Meg (boa como todas as que ela faz) me fez descobrir esse grupo delicioso de amigos brasileiros.
Para a autobiografia A MINHA VIDA de Lou Andreas-Salomé, a mulher que teve o amor de Rilke e de Nietzsche, e que conviveu intimamente com Freud, Gillot, Rée, e muitos outros homens célebres da sua época. Um relato interessantíssimo, na primeira pessoa, de uma mulher excepcional. Para um dos meus filmes preferidos de sempre - QUEM TEM MEDO DE VIRGINIA WOOLF?, de Mike Nichols - que revejo sempre com o mesmo prazer. É superior o texto de Edward Albee, são-no também as interpretações, de um casal "ao rubro", de Liz Taylor e Richard Burton. O filme, não por acaso, conseguiu um feito único na história do cinema: foi nomeado para todas as categorias dos Oscares, em 1966. Para o filme AS HORAS, que vai fundo na análise da infelicidade extrema dos inadaptados sociais, tendo como novidade o prisma de uma outra infelicidade: a das pessoas ditas "normais" que os amam e rodeiam, sofrendo tanto ou mais do que eles e não tendo, sequer, o bálsamo da loucura ou da genialidade. Interpretações inesquecíveis de Nicole Kidman, Julianne Moore e Meryl Streep. Para o filme DIÁRIO DE UM ESCÂNDALO, em que Judi Dench e Cate Blanchett nos guiam maravilhosamente, num brilhante argumento, pelos meandros da manipulação e da perversão femininas. Não percebo como não levou quase todos os Oscares do ano. Para o filme INFAMOUS, de Douglas McGrath, em tudo superior ao mediático e oscarizado "CAPOTE" (que aborda o mesmo tema). Um lote de actores de primeira água numa produção de baixo orçamento, a provar que os filmes fora do mainstream estão cada vez mais na moda, nos States. Para o filme HABLE CON ELLA, de Pedro Almodôvar, que consegue a proeza de transformar em pura poesia um dos mais abjectos crimes imagináveis - a violação - cometido, ainda por cima, sobre uma mulher completamente indefesa. Um filme que fala de um amor incondicional, desesperado, comovente. De um amor que, no seu profundo desajuste, nos faz questionar tudo e redime aos nossos olhos toda a Humanidade.
2 comments:
AV,
Venho retribuir a visita. Já andei por aí lendo as matérias. Achei interessantíssima a questão sobre se o Inferno é endotérmico ou exotérmico. Dá pra se escrever muito, e com bastante criatividade, à respeito. Voltarei sempre.
Beijo
Obrigada, milord, também sou visita assídua da sua casa. Foi uma sugestão da Meg (boa como todas as que ela faz) me fez descobrir esse grupo delicioso de amigos brasileiros.
Beijos
Ana
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