Não posso deixar de colaborar nesta campanha. O caso da menina inglesa, com a gigantesca mediatização que envolveu e com os apoios que mobilizou um pouco por todo o mundo, obriga-me a esse acto de mera justiça e solidariedade.
Tenho assistido, como todos os portugueses que vêm televisão, à incessante batalha desta mãe, impotente mas nunca vencida. Sem recursos, sem divulgação mediática internacional (mesmo a nacional tem sido quase inexistente), sem audiências com o Papa e sem apoios de nenhuma espécie, a mãe do Rui Pedro não permite - sempre que lho permitem a ela - que nos esqueçamos do seu filho desaparecido.
Uma mulher bonita que envelheceu à nossa vista, corajosamente exposta e inconformada. Sei que este não é o único caso de crianças portuguesas desaparecidas, longe disso. Mas a imagem desta mãe, devastada pelo desgosto e pela expectativa interminável, atira-me à cara a sorte que tive em ter acompanhado o crescimento dos meus filhos e tê-los tido sempre por perto. A mãe do Rui Pedro apenas pode imaginar, auxiliada por um retrato robot feito por um computador, como será (ou seria?) o seu filho agora. E esse simples pensamento já é insuportável.
Aqui fica, por isso, o meu humilde contributo.
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