Não é de agora a minha decepção com os critérios que, nos últimos anos, têm presidido à atribuição do Nobel da Paz. Do inicialmente alto grau de exigência que reconhecia feitos de personalidades extraordinárias (no sentido de "invulgares") ao serviço de causas inequivocamente dedicadas ao bem da Humanidade, de uma forma altruísta, passou-se a uma moeda de troca política, conveniente e adaptada às circunstâncias.
Eu sei que figuras como Madre Teresa de Calcutá, Nelson Mandela, Gandhi (que nunca o recebeu, apesar das sucessivas nomeações...), Martin Luther King ou Muhammad Yunus, para citar alguns nomes, não aparecem todos os dias. Mas era preferível que o prémio não fosse atribuído sempre que não houvesse, para recebê-lo, alguém deste nível. Juntar no mesmo saco, a estes nomes, os de políticos que se limitam a fazer o trabalho para que são (bem) pagos, movidos quase sempre por uma legítima (mas não premiável) ambição pessoal, é, quanto a mim, desvirtuar o próprio espírito do Nobel e fazê-lo descer ao nível da mediania reinante. Por isso o Nobel da Paz deixou de merecer o meu respeito, de há uns tempos para cá.
Os políticos que continuem a medalhar-se alegremente uns aos outros, e que tirem disso os dividendos esperados. Para mim, não valem por isso nem mais um cêntimo. Muito pelo contrário.
Os políticos que continuem a medalhar-se alegremente uns aos outros, e que tirem disso os dividendos esperados. Para mim, não valem por isso nem mais um cêntimo. Muito pelo contrário.
10 comments:
RESPIRA A LEVEZA QUE VIVE EM TI...
SOLTA TODA A BELEZA DO TEU OLHAR...
SOLTA TODA A BRANCURA DA TUA TERNURA...
SOlTA NA ÁGUA PURA DO MAR...
Gostei de ler:)
Obrigada, divinus.
Volte sempre.
Acho que tens razão!
Beijos
Exactamente Ana! Não podia concordar mais contigo... mas não deixa de ser um tristíssimo sinal dos tempo que vivemos... sem heróis.
E eu acho que os verdadeiros herois e heroinas fazem falta ao mundo. São os únicos que nos reacendem a esperança na humanidade quando tudo à nossa volta parece fazer pouco sentido. Claro que todos temos os nossos pequenos heróis anónimos do quotidiano, mas estes, que como dizia o Brecht, lutam toda a vida, são os imprescindíveis.
Beijinhos!
Pitucha,
Infelizmente, não é?
AQ,
Pois é... os imprescindíveis não deixam de ser heróis, mas faz-nos falta quem nos eleve as expectativas e nos sirva de exemplo. No fundo, para acreditarmos em nós próprios.
Beijos às duas
Ana,
Ri aqui com o último parágrafo :-)
Não posso deixar de concordar contigo, claro! Tu és levada da breca.
beijinho
Absolutamente em cheio!
Abreijos.
Júlia,
Opps, mais uma gaffe das minhas! (tu sabes porquê) Mas olha, amiga, é o que eu penso...
Samuel,
Continuamos de acordo, não é?
Bjs
Esta nomeação só pode ter sido brincadeira (de muito mau gosto) de Carnaval.
("segui-a" do outro blog para aqui!)
Talvez seja isso, SC. Mas não é o único caso, infelizmente. Já houve outros e acho que a moda pegou.
bjs
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