Natal: nascendo o esquecimento
Sentada na mesa farta, farto-me de pensar. Não se faz luz nos castiçais da memória. Decoro as cobiçosas entradas sobre a mesa, desadornando as saídas da minha mente. Os meus pensamentos voam como borboletas poisando no fulgir da árvore matizada. Deslizo no brilho das bolas e na imponência das fitas. Esqueci-me de uma fita no presente da minha mãe. No meu presente, não esqueço o maravilhoso laço que nos liga. Acho que passará bem sem fitas! Destaco a fita-cola de cada um dos papéis que envolvem os meus presentes. Que tenho eu para dar? Terá valor o que tenho para oferecer? Embrulhei-me na azáfama, vendo o tempo sempre a escassear. A venda do consumo consumia-me os olhos. Vendo bem, estaria eu a vender-me? Comprei o que pensei que faria as pessoas felizes. Fugaz felicidade em saquinhos. Em cada saquinho estava uma prenda, mas isso não faz de mim prendada. Não se prendam com o que digo. Muitas pessoas se alegram hoje, embora dando importância a diferentes conteúdos. Eu apenas acho que me esqueci de alguma coisa… Não havia alguém que fazia anos hoje?
Nota: Encontrado aqui, onde as palavras são escolhidas a dedo e misturadas com sabedoria e talento.
1 comments:
Agradeço as tuas palavras e o espaço de destaque que me ofereceste!
Um Feliz Ano 2008!!
Beijinhos gratos***
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