sábado, 23 de junho de 2007

Pequenos Crimes Conjugais


Fui ver ontem, no Teatro Aberto, a penúltima representação de "Pequenos Crimes Conjugais" de Eric-Emmanuel Schmitt, numa bela encenação de José Fonseca e Costa. A tradução da peça para português foi de Luiz Francisco Rebello.
Rita Salema e Paulo Pires (nesta versão, que o papel feminino já esteve também a cargo de Margarida Marinho) defendem bem os seus papeis: os de um casal desgastado por 15 anos de convivência, num confronto final desesperado, violento e terno. Uma história intemporal em que muitos outros casais devem ter-se revisto.
Verdadeiramente magnífico é o texto, de uma subtileza e acutilância impressionantes. A vida conjugal, com o seu infindável jogo de acusações, ironias e gritos de socorro, é analisada e dissecada até à exaustão, demonstrando o profundo conhecimento que o autor tem da natureza humana (nomeadamente da feminina). Não posso acrescentar "a não perder", porque a peça sai hoje de cena. Mas talvez volte um dia.

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